Já tinha saudades de uma passeata por uma boa Feira, onde de tudo se vende. O tempo tem estado bom, de sol que não de frio, mas este não conta para baixar a moral.
Mas logo vejo uma beleza com a cabeçorra enfiada entre as grades. O bicho, ou bicha, quando me aproximei nem se mexia. Fiquei a pensar que não conseguia sair de lá. Toquei à campaínha para chamar a atenção dos patrões, mas ainda bem que ninguém atendeu. O animal salta-se de lá com um vozeirão próprio de cão macho (?), que se eu fosse homem de sustos, caía para o lado.

Palavra vai, ladrar vem, combinamos uma pose para contar a estória. E para comparar a largura das grades com a sua excelentíssima cabeça, ele (ou ela) abriu só um pouquinho a boca num sorriso também para mostrar que estomatològicamente falando, anda bem tratado(a).

Recomposto, prosseguindo, vou dar ao Chafariz do Largo do Souto. Com o sol em contra-luz, fiz um boneco só para ver no que dava. Portuensemente falando, deveria dizer o que deu, mas poderia ferir susceptibilidades mais frágeis. Fica ao paladar de cada um (ou uma), achar o que acha.
Antes que esqueça. Francamente, agora tenho medo de escrever. Com o novo acordo ortográfico, onde se retiraram letrinhas a palavras, bem como acentos, já não sei o que deva usar para exprimir o meu pensamento. Mas se entretanto os meus queridos leitores e leitoras acharem por aí uns errositos é só avisar. É que o corrector (outra palavra complicada que não sei se leva o c ou não) ortográfico cá desta coisa, não funciona à maneira. Mas como se pode sempre editar, não há problema de maior.
Acompanhem-me então pela Feira.

E nada como um conjunto de belas cores a abrir. Com o magnífico tom de azul do céu em fundo (redundância, pois não há cor de céu vermelho nem verde) o contraste é flagrante. Lindíssimo.

Uma passagem para apreciar os últimos modelos na
Boutique do Alex. É
LOVE por todos os lados. Começamos logo a imaginar coisas que não ficam bem numa Feira.

Mas este modelo prendeu-me as atenções. Fiquei parado a admirá-lo e logo Madame Alex veio de lá com o seu belo sorriso, perguntar se me servia. Fiquei sem fala e arranquei a grande velocidade, mesmo sem me despedir com o característico beija-mão. Espero que Madame não tenha
rogado alguma coisa que me faça tropeçar no próximo cruzamento.

Aqui sim, é o meu local preferido desde há uns anitos. Páro, olho, reolho (será que existe esta palavra ?), cheiro... Sai um quarto de presunto de Lamego, que tem um kg bem pesado e um queijinho da Serra, dos pequenos, com 800 grs. Tudo por 17,70 euros, mas para mim que sou cliente vá lá, fica pelos 17,50. Bem quis que ela, a loirinha, velha conhecida, deixasse pelos 17, mas não foi em cantigas. Tira lá a foto e põem-te a penantes. Dá de frosques.

Lá voltei para a confusão dos produtos de ocasião, que sim senhores, fazem uma bela montra colorida. E tudo a 3 euros. Meninas, é pegar e andar, a caixa é logo ali.

Um olhar pelas plantas de jardim, onde uma bela camélia dá um toque senhoril. Ou não fosse a flor Portuense por excelência. Quem o diz são os Alléns e eu acredito porque andam no meio delas e com elas ao colo, há quási dois séculos.
Por falar nisso, tenho-me esquecido de fotografar as minhas, que estão lindas e carregadas. Amanhã, que já é hoje, será dia para isso, pois agora não dá. Passa da meia-noite, hora do Porto.

Neste lindo viveiro, belos mimos estão a ser transaccionados (mais um
c que não sei se ainda se usa). Canteiros graciosos, coloridos, vão florir em breve. Primavera à vista...

Reflectir (cá está o
c ) é bom. Mais um boneco só para ver o que dá. Maluqueiras...

Um olhar descontraído à arquitectura (outro
c) gondomarense. Quási simétrico este conjunto. Foi mesmo ao calhas, até porque o passeio destinado aos peões é tão pequenino na sua largura, que não dá para paragens prolongadas e acertar cor, profundidades, enquadramentos. Sabem a que me quero referir...

Já fim de tarde, com o frio a apertar, segui a Lua que estava a aparecer. Já está cheia. Amanhã vai
poesar só para mim.

Ela aqui aprisionada. Mas soltou-se rápido e sem ajuda. É assim a Lua. E
luar de Janeiro, não tem parceiro. Mas os invejosos dizem,
mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto. Sabedorias populares, que se ensinavam não só em casa como também na escola dos nossos verdes anos.
A ver vamos.