domingo, 17 de fevereiro de 2013

55 - Uma visita às Gatas do Álvaro

Sexta feira passada estive com o meu amigo Álvaro, esse mesmo, o das Gatas. Bem disposto, conversamos um pedaço, entreguei-lhe os abraços que amigas e amigos me recomendaram e ele retribui com muito carinho.
Aqui está deixado o recado.

Entre umas brejeirices à Moda do Álvaro, perguntou-me como estava a Cidade, o que achava do Meneses querer vir para cá plantar couves e contou-me da sua vida com a Segurança Social.


Incrível mas verdade, teve uma Inspecção Médica surpresa, ao domicílio, que lhe atribuiu uma incapacidade de 91% (vi os papeis). Ele que está há 4 anos, feitos no dia 29 de Dezembro, nessa situação. E pagou 50 €.
A negligência médica, não lhe permitindo a fisioterapia no período a seguir ao AVC, provocou-lhe a atrofia de que dificilmente irá recuperar.
Agora, segundo as novas leis deste governo desgovernado, apenas tem direito a 40 sessões de fisioterapia anuais. Para quem foi assaltado por bandidos que lhe roubaram há meia dúzia de anos tudo o que tinha de valor em casa, os roubos que o Estado lhe está a fazer são ainda maiores. E doem muito mais.
Como não poderia deixar de ser, conversamos sobre os seus tempos passados no Brasil e foram 16 anos, das grandes "touradas" que por lá fez, os voos da ponte aérea entre S. Paulo e o Rio para ir aplaudir o Vasco, claro, e não só. Mas isso não se pode contar. São confidências de amigo para amigo.
      
Não posso esquecer as suas Gatas, que foram motivo de grandes galhofas enquanto percorríamos as Cidades de Porto e Gaia, de tasco em tasco, até há hora da janta. Das Gatas, claro. Há sempre uma que falta nas fotos, a dona do pedaço.
Esta é a DECO
Contou-me que há dias houve uma guerra lá em casa pouco faltando para chamar o COPCON. Contràriamente ao que eu pensava, só duas gatas são gémeas, as branquinhas. A tigresa, chamada DECO, é uma pequenita, que chegou posteriormente lá a casa. Uma das gémeas arreliou-se com ela por qualquer motivo e a dona do pedaço veio em socorro da DECO. Foi uma luta de irmãs, pior que o terramoto que tivemos na quarta-feira. A tigressa refugiou-se em cima dos armários da cozinha enquanto as irmãs se  gladiavam pela casa toda. Um "Hooorrorrr"...

O Álvaro fez questão que o acompanhasse a tomar um tinto alentejano. Um regozijo para mim pois já não acontecia há muito tempo.
Com uns pedacitos de queijo e presunto e uma "broa" de mistura muito saborosa, lá fiz o sacrifício.

Não esqueceu o Álvaro de brindar aos amigos e amigas que lhe mandam  saudações.

Falei-lhe que vi uma foto no Face do  amigo comum Hélder Bandarra, algures no Minho, de aspecto todo de lavrador com enxada e tudo.
Contou-me que o Hélder tinha comprado lá um pequeno terreno com casa onde se entretem longe das suas criações artísticas nas telas e no barro.
Daqui mandamos ao Hélder aquele abraço. E ao filho desejamos-lhe muitas felicidades musicais.

Vim fumar um cigarro na varanda das traseiras da casa. O mar não se via devido ao nevoeiro. No terreno  em frente, entre matas e as novas edificações, admirei a horta e o trabalho de um casal, cuja filha ou neta, também "ajudava" nos afazeres campestres.
Que bonito está este terreno. Acho que fumei dois cigarros.

Despedi-me do Álvaro, estava a cair a tarde, havia futebol para ver, essas coisas. Trazia na ideia, coisa antiga,  "apanhar" de qualquer maneira uma imagem que se vê quando descemos Rei Ramiro vindo do Candal e só possível do autocarro, ou então de uma escada por cima daqueles muros altos. Também sabia só a sorte poder ajudar a fazer o boneco, pois o autocarro desce na "brasa" e só pararia ali se houvesse um encontro de irmãos o que raramente acontece. É apenas naquela nesga de espaço ser visível o Rio e as duas Cidades irmãs unidas pela Ponte D. Luíz. Porto e Gaia. Não tive sorte mas mesmo assim deixo a imagem fraterna.
Fui ao Café Aliança, na Avenida dos Aliados, que foi nosso ponto de encontro muitas vezes, descarregar águas e tomar um fino. Chamaram-me a atenção na montra estes pasteis com um aspecto delicioso.
Daqui peço aos meus amigos e amigas no Brasil que se conhecerem estes pasteis me dêem informações.
O dono do Café é um retornado brasileiro de há muitos anos, mas não tive oportunidade de saber a origem do nome e ou da especialidade. Prometo voltar à carga.
Caminhando para o Bolhão, não se pode ficar indiferente às montras da Casa Januário. Para quem gosta de arte em cartazes (design, como é muito bem, dizer-se agora) o exemplar exposto, juntamente com garrafas de Porto já com umas décadas deixa-nos pregados.

3 comentários:

Anónimo disse...

É sempre bom, num domingo chuvoso e friorento visitar um amigo.
Levaste um "miminho" para as gatas?

ETERNA APAIXONADA disse...

Pois digo cá eu: é sempre bom, num domingo que passei o dia tristonha, poder ler algo tão agradável e que me fez sorrir!
Tens o dom da arte de "retratar a vida" na imagem e na palavra!
Junta tudo isso e cria um livro (ou vários), pois tem material a granel de muito boa qualidade!
Muitos irão apoiar essa ideia(que não considero inédita) e espero um dia ter acesso a algum deles. História viva e rica!!!
Bom, deixo meu abraço amigo, com votos para uma boa noite e boa semana!
Helô Spitali

jteix disse...

"Coisas da Vida" com o Álvaro das gatas acompanhado por um tintol, Porta da Ravessa, devagarinho como o alentejano.
Um abraço
cumprim/jteix